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Comunidade Bethânia: 20 anos em Guarapuava

No último dia 22 de novembro, a Comunidade Bethânia, em Guarapuava, completou seus 20 anos de presença na diocese.

24/11/2020

A Comunidade Bethânia comemorou 20 anos em Guarapuava. Em 2000, dom Antônio Wagner da Silva, na época bispo coadjutor de Guarapuava falou com o padre Léo sobre a necessidade da diocese ter um recanto de Bethânia, em função do grande desejo cristão de dar uma resposta às necessidades pastorais daquela região. Ouça a matéria

 

A instituição que trata de pessoas com dependência química, se instalou na cidade no ano de 2000, a pedido de Dom Antônio Wagner da Silva, atual bispo emérito, à época, bispo coadjutor, que percebeu a necessidade deste trabalho junto à diocese. “Chegamos a Guarapuava atendendo ao pedido do próprio Dom Wagner que se dirigiu diretamente ao padre Léo (Léo Tarcísio Gonçalves Pereira, sacerdote da congregação Sagrado Coração de Jesus - SCJ) para aqui iniciar esta caminhada cheia de histórias e de provações. Desde então, muitos foram os trabalhos desenvolvidos com a ajuda da comunidade. Para nós, é uma bênção poder contar com o apoio e a acolhida de todos”, ressaltou Lucas Wippel, consagrado da Comunidade Bethânia, em entrevista concedida em 2017.

Muitas são as pessoas que buscam na instituição a oportunidade de se livrar dos vícios em drogas e restabelecer suas vidas. O caminho, conforme as diretrizes da instituição, é difícil e baseado na oração e persistência. No entanto, conforme se comprovou, esta é a melhor maneira existente para que um dependente de drogas se liberte do problema e busque um encontro verdadeiro com Jesus Cristo.

SOBRE A COMUNIDADE

A Comunidade Bethânia nasceu, segundo sua história, “a partir da inspiração que o Espírito Santo despertou no coração do padre Léo Tarcísio Gonçalves Pereira, sacerdote da congregação Sagrado Coração de Jesus (SCJ)”. A criação da comunidade, conforme dizia padre Léo, foi uma resposta concreta à grande necessidade de combater o problema das drogas, o aumento de soropositivos, o grande número de adolescentes grávidas solteiras e abandonadas e o crescente número de menores desocupados nas periferias das cidades.

Dentre os trabalhos que exerceu, padre Léo teve a oportunidade de atuar como diretor da Comunidade Bethânia e no Colégio São Luiz, em Brusque (SC), onde também prestava atendimento espiritual às famílias e jovens da região. Através das pessoas que procuravam ajuda e que o padre ouvia e orientava, notou-se que o problema das drogas era uma urgência a ser combatida.

A partir dessa experiência pessoal, padre Léo contou que sentiu a necessidade de proporcionar a essas pessoas um lugar e um ambiente que revelasse um jeito novo de viver, saudável e pleno. Notou-se também, a necessidade de uma ação concreta de promoção social e um sério trabalho visando transformações da sociedade e a urgência de um ambiente apropriado para uma retomada de vida através da pregação de retiros espirituais e cursos que ajudassem na redescoberta de um novo sentido para a vida.

“Inspirada na Bethânia bíblica, olhando para os irmãos, Marta, Maria e Lázaro, esta Comunidade nasceu como casa de acolhida dos diversos marginalizados da sociedade que procuram um novo jeito de viver. Assim, Comunidade Bethânia, não é um centro de recuperação e nem uma clínica onde se internam pessoas para tratamento. Bethânia é um recanto onde as pessoas são chamadas a acolher quem vai até o local como o próprio Cristo e com ele ser família. Não temos pacientes, mas sim filhos e filhas”, diz o documento sobre a história da comunidade.

“Padre Léo sempre deixou claro que nós não curamos ninguém. Este é um trabalho que deverá ser feito por cada um, deve partir da vontade de cada ser humano. As pessoas que vivem na comunidade com a vocação e missão de acolher são colaboradoras no processo de restauração, procurando ajudar filhos e filhas a redescobrir um novo jeito de viver. Na Comunidade, todos têm o compromisso de oferecer sua amizade, orações e uma oportunidade para cada um trilhar seu caminho, segundo o seu próprio esforço e persistência. Não existem curas mágicas para a dependência química, ou qualquer outra dependência. Em Bethânia, cada um deve ser o primeiro responsável em se ajudar”, reforça o texto.

Em resposta ao ideal do sacerdote, muitas pessoas de diversas regiões do País, aderiram ao projeto voluntário, humanitário e restaurador. Em São João Batista (SC), padre Léo recebeu um terreno, onde a Comunidade Bethânia concretamente iniciou seus trabalhos de acolhimento no dia 01 de maio de 1996.

SERVIÇO

A Comunidade Bethânia, em Guarapuava, está localizada no prolongamento do Bairro Santana, Estrada da Comunidade Guabiroba. Informações podem ser obtidas pelos telefones 42 3622 7457 e 42 9 8413-5220.

Doações em dinheiro podem ser feitas no Banco do Brasil:

  • Ag: 0299-2
  • Conta corrente: 44320-4

 

Jorge Teles com Diopuava

 

 

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