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GUARAPUAVA: Bispo diocesano faz análise da 58ª Assembleia Geral da CNBB

Dom Amilton Manoel da Silva disse que, apesar de ser on-line, os trabalhos foram muito proveitosos e a união da Igreja foi ponto forte durante os cinco dias de Assembleia.

19/04/2021

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De 12 a 16 de abril, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizou a 58ª edição de sua Assembleia Geral.

Pela primeira vez em sua história, o encontro dos bispos do Brasil se deu de forma on-line. A medida foi em prevenção à pandemia de Coronavírus, que todos os dias tem matado milhares de pessoas no País e no mundo.

Dom Amilton Manoel da Silva, bispo da diocese de Guarapuava, participou do encontro e destacou como de suma importância a reunião do episcopado brasileiro, mesmo que o evento tenha ocorrido à distância.

Em conversa com o jornalista Jorge Teles dos Passos, da Rádio Cultura FM de Guarapuava, para o programa A Voz do Pastor, no último dia 17 de abril, Dom Amilton contou da Assembleia e fez uma análise sobre os cinco dias de estudos e debates acerca de assuntos da Igreja e da sociedade. “Foi uma Assembleia diferente. A primeira que aconteceu na forma on-line e virtual. Nós sempre estamos acostumados a uma Assembleia presencial de mais ou menos, nove ou dez dias. Esta aconteceu de segunda a sexta, então, (foram) cinco dias. Conseguimos passar um pouco do horário. Os temas foram mais condensados, as apresentações, também e as intervenções dos bispos nos momentos foram mais curtas. Quando estamos presencial, são três minutos para as intervenções. Aqui, eram dois minutos. Mas deu para trabalharmos tudo aquilo que foi proposto. Todos colaboraram”, pontuou Dom Amilton.

O bispo da diocese de Guarapuava salientou também, que a presidência da CNBB, foi fabulosa em agilidade, com seus vários ajudantes, sempre à disposição para sanar as dúvidas e resolver os problemas dos participantes do encontro nacional remoto. “Isto mostra que nós podemos gastar menos com viagens e fazermos muito mais reuniões on-line, aproveitar os vários meios que estão aí e que nos favorecem”, detalhou Dom Amilton que emedou: “Claro: nada substitui o presencial. Mas nós conseguimos fazer uma bonita Assembleia. Prevaleceu a unidade, a colegialidade dos bispos; foi muito falado sobre isso. A pandemia esteve permeando os temas todos tratados. E o documento centro, foi sobre a Palavra, levando em consideração, as diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil”.

Sobre as Comissões da CNBB, Dom Amilton pontuou que estas foram apresentadas aos bispos com todo o dinamismo. O que, segundo ele, foi uma forma de cada um se situar e entender a amplitude dos trabalhos desenvolvidos em nível nacional. “As comissões nos apresentaram todo o seu dinamismo, como a que eu faço parte, que é a Comissão da Juventude. Nós estamos reestruturando a Pastoral Juvenil no Brasil, escutando os jovens e tem sido bonito. Na Liturgia, nós aprovamos doze itens na questão da memória dos Santos, incluindo os Santos brasileiros”, contou o bispo diocesano.

Em se tratando do Novo Missal, Dom Amilton disse que houve muitas perguntas acerca deste tema, pois sua aprovação estava prevista para esta Assembleia. No entanto, ele explica que este documento precisa ser aprovado presencialmente e, por isso, o ato foi adiado para o próximo ano. “Muita gente pergunta sobre o Novo Missal, que era para ser aprovado agora, mas não pode ser aprovado virtualmente. Então, ficou para ser aprovado, se Deus quiser, na Assembleia presencial do ano que vem. Agora, não é a CNBB que está modificando o Missal; é preciso entender. Depois da Concílio Vaticano II, a Igreja fez a reforma. A liturgia do Missal é do Papa São Paulo VI. Todas as Conferências precisam se atualizar. A do Brasil (CNBB), desde o Concílio Vaticano II ainda não tinha feito. O nosso Missal ainda não tinha a aprovação plena de Roma. Eu me lembro, eu estava na Teologia, ainda nos anos 1990 e os liturgistas começaram a trabalhar o Missal e só agora foi aprovado. Isso faz vinte anos. A (nossa) Conferência é uma das mais atrasadas do mundo. Todas as outras (Conferências) já fizeram. E é Roma que pede, e é Roma que dá o aval. Não são os bispos que querem mexer. Pelo contrário. Dá muito menos trabalho para nós (não atualizar o Missal). Mas Roma está pedindo por causa das traduções do Latim, que precisam ser mais fiéis. Enfim, no ano que vem, se Deus quiser, ela será presencial. Foi uma bonita Assembleia. Louvamos e bendizemos a Deus. Valeu a pena”, finalizou Dom Amilton.

Foto: Montagem CNBB

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