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Dom Amilton Manoel da Silva é nomeado quinto bispo da diocese de Guarapuava

Até então, Dom Amilton atuava como bispo auxiliar da arquidiocese de Curitiba. Ele foi nomeado bispo titular de Tusuros e auxiliar de Curitiba em 7 de junho de 2017. Sua ordenação episcopal se deu no dia 19 de agosto do mesmo ano.

06/05/2020

Maio é o mês de Maria, um tempo para ser celebrado com muita alegria e contemplação. Um período para voltarmos nossos olhos para o lado maternal e observar em Nossa Senhora a candura e a poesia que se manifesta na simplicidade das coisas.

Especialmente neste dia 6 de maio, a diocese de Guarapuava vive um dos seus momentos mais importantes desde a sua criação, em 16 de dezembro de 1965, pela Bula “CHRISTI Vices”, do Papa Paulo VI. Neste momento, toda a família católica desta que é a maior diocese do Estado do Paraná, recebe com amor e alegria a nomeação de seu quinto bispo diocesano.

Após aceitar o pedido de renúncia de Dom Antônio Wagner da Silva, por causa da idade (75 anos completados em 2019), de acordo com o Código de Direito Canônico, o Papa Francisco nomeou Dom Amilton Manoel da Silva, até então, bispo auxiliar da arquidiocese de Curitiba, para assumir suas funções à frente da diocese de Guarapuava.

Dom Wagner estava na diocese desde o ano 2000, quando foi ordenado e assumiu como bispo coadjutor, trabalhando ao lado de Dom Giovanni Zerbini, que renunciou em dezembro de 2002, por causa da idade. Dom Wagner assumiu o governo da diocese em 2 de julho de 2003, permanecendo até o momento, quando passa a função para Dom Amilton.

 

SOBRE O NOVO BISPO

Dom Amilton Manoel da Silva, Nasceu em 02 de março de 1963, em Osvaldo Cruz (SP). Ingressou na Congregação da Paixão de Jesus Cristo (Passionistas), em 1991. Cursou filosofia na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba - PR, de 1992 a 1995. Possui bacharelado e licenciatura em filosofia, história e psicologia. Cursou teologia no Instituto Teológico São Paulo (ITESP), de 1997 a 2000. Possui especialização em formação humana, espiritualidade, liturgia e parapsicologia.

Fez a sua primeira profissão religiosa no dia 18 de janeiro de 1997, e foi ordenado presbítero no dia 17 de dezembro de 2000, por Dom Luciano Mendes de Almeida (in memória), arcebispo de Mariana – MG.

Como presbítero, foi coordenador da equipe de espiritualidade da família Passionista do Brasil (2002 a 2009) e secretário dos superiores maiores passionistas da América Latina (2004 a 2007). Na Província do Calvário, atuou como vigário paroquial das paróquias Nossa Senhora do Rosário e Santa Teresinha de Lisieux, em Colombo – PR (2001 a 2007), formador dos postulantes (2001 a 2003), mestre dos noviços (2004 a 2012), conselheiro provincial (2009 a 2011), superior provincial (2012 a 2017), pároco da paróquia São Paulo da Cruz, em São Paulo, capital (primeiro semestre de 2017) e membro da secretaria de formação do Conselho Geral dos Passionistas (2014 a 2017).

Foi nomeado bispo titular da diocese de Tusuro (Tunísia) e bispo auxiliar da arquidiocese de Curitiba - PR, pelo Papa Francisco, no dia 07 de junho de 2017, sagrado no dia 19 de agosto de 2017, por Dom Antônio José Peruzzo, arcebispo metropolitano de Curitiba – PR, e apresentado como bispo Auxiliar, no dia 08 de setembro de 2017. Seu Lema Episcopal: é CHRISTI IN CRUCE GLORIARI “Gloriar-se na cruz de Cristo” (Gl 6,14).

Na Arquidiocese de Curitiba, foi referencial para as comissões de liturgia, comunicação, missão, juventude e Conferência dos Religiosos do Brasil 6+9CRB. No Regional Sul 2 – CNBB, é secretário dos Bispos, desde 2017 e referencial para o setor juvenil. Desde 2019, é membro da comissão Pastoral Juvenil da CNBB, e em julho deste mesmo ano, o Papa Francisco o nomeou membro da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.

Em 6 de maio de 2020, foi nomeado bispo da diocese de Guarapuava, substituindo Dom Antônio Wagner da Silva, que pediu renúncia por causa da idade.

 

Brasão adotado por Dom Amilton Manoel da Silva diz muito sobre seu compromisso para com a Igreja

 

No caso dos bispos, os brasões que adotam quando da nomeação e ordenação, deve refletir com clareza sobre suas funções, lema escolhido, promessas e compromissos para com o povo de Deus.  Gloriar-se na cruz de Cristo é o lema do quinto bispo de Guarapuava.

 

Quando nascemos, carecemos de um registro civil que ateste nossa existência como cidadãos. Ao sermos batizados, o batistério é nosso certificado de pertença àquela comunidade de fé, no caso, a Igreja Católica.

Na medida em que crescemos e nos desenvolvemos, muitos símbolos falam sobre nós e certificam nossa função e posição enquanto pessoa.

Inicialmente usado para marcar documentos, a heráldica eclesiástica evoluiu como um sistema de identificação de pessoas e dioceses. É mais formalizada e hierarquizada dentro da Igreja Católica, onde a maioria dos bispos, incluindo o Papa, e das dioceses têm brasões pessoais ou institucionais.

No caso dos bispos, os brasões que adotam quando da nomeação e ordenação, deve refletir com clareza sobre suas funções, lema escolhido, promessas e compromisso para com o povo de Deus. 

Nesta oportunidade, falamos sobre o brasão adotado pelo quinto bispo da diocese de Guarapuava, nomeado em 6 de maio de 2020, Dom Amilton Manoel da Silva, CP.

BRASÃO EPISCOPAL

- O brasão é composto de chapéu prelatício com dois cordões de seis bordas cada, perfazendo o número doze, na cor verde, símbolo do episcopado e da sucessão apostólica representada por cada borda devidamente vinculada uma a outra. Quando o Povo de Deus foi libertado da escravidão do Egito (Nm 15, 37-41), Deus pediu que o seu povo fizesse bordas em suas vestes para que se lembrassem de que pertenciam a Ele. O chapéu cobre este cordão e o escudo, simbolizando o Espírito que reveste o bispo para cumprir a sua missão em comunhão com toda a Igreja.

- O escudo, o chapéu e a faixa com o lema são amparados por uma enorme espada, em amarelo-ouro. Ela representa a fé, espada com a qual cada bispo deve exercer o seu ministério de governar, instruir e santificar. Fé que se alicerça no Mistério do Senhor, Bom Pastor que deu a vida pelas ovelhas. Por isso, na parte superior do escudo, aparece a base da espada, com três cravos, em forma de cruz, a fim de revelar que pastorear, na Igreja, é servir.

- No centro do escudo está o coração Passionista e dentro dele, encontra-se uma cruz, que destaca a glória de Deus manifestada plenamente no Filho Imolado; glória que é Nova Aliança, firmada na eterna misericórdia.

- Da cruz saem raios, três de cada lado, que revelam a salvação ofertada no Mistério Pascal de Cristo, plenamente celebrado no sacrifício da Cruz. Estes raios, em número de três, falam que a obra da Redenção é Trinitária: o Pai entrega o Filho (Jo 3,16); o Filho se entrega por amor (Jo 13,1); Pai e Filho entregam o Espírito, de onde nasce a Igreja (Jo 19,30 - 34), continuadora da obra salvífica do Pai, por meio do Filho.

- Esta cruz, que está no centro do escudo, finca a sua base na Palavra que é Cristo, Alfa e Ômega, princípio e fim de tudo. Por meio Dele, o bispo interpreta e anuncia a Palavra, sob a luz da Tradição, para ser fiel ao Magistério da Igreja, que acolhe esta fonte concedendo-lhe o devido valor, pois, ambas, Tradição e Escritura provêm do único e indivisível Deus que adoramos e servimos.

- A Palavra está envolvida pela cor vermelha e representa o ardor que o bispo deve ter pela evangelização, atuando como pastor de uma Igreja em constante processo de saída.

- Ao lado direito do coração, dentro da cor prata, vemos o lírio e o café. O lírio faz referência a São José, padroeiro da cidade natal de Dom Amilton e da Igreja onde ele recebeu os sacramentos da iniciação cristã, foi ordenado presbítero e sagrado bispo. Já o café é símbolo da sua cidade natal, Oswaldo Cruz e, do Paraná, Estado onde exerce o seu ministério episcopal.

- Ao lado esquerdo do coração, dentro da cor azul, destaca-se a letra “M”, representando o amor filial de Dom Amilton para com a Virgem Maria e tributo à sua presença materna em toda a sua vida. O “M” circundado por doze estrelas, refere-se à Rainha dos Apóstolos, que ao pé da Cruz, nos foi dada por Mãe, onde se proclama a vitória da vida sobre a morte.

- Por tudo o que foi dito, o lema do episcopado de Dom Amilton, que se destaca na faixa logo abaixo do escudo, só poderia ser: “CHRISTHI IN CRUCE GLORIARI” (Gl 6,14): Gloriar-se na cruz de Cristo. Tal lema faz parte da sua espiritualidade, pois é religioso da Congregação Passionista, que tem por carisma viver e anunciar a Paixão do Senhor, que é compaixão pela vida, no serviço amoroso aos crucificados de hoje.

- O Carisma Passionista, enquanto dom do Espírito, ofertado à Igreja, agora será vivido no horizonte do episcopado. Assumir a Cruz de Cristo como glória do seu pastoreio é enfatizar que o seu ministério será exercido na perspectiva do dar a vida por amor. Pondo a Cruz no centro do seu episcopado, Dom Amilton proclama que a ressurreição se dá na Cruz, com a Cruz e pela Cr

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