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Precisamos ser uma Igreja mais comprometida com as águas, os povos e os territórios, afirma dom Giovane Pereira de Melo

A diocese de Miracema (TO) recebeu, entre os dias 30 de novembro e 2 de dezembro, o Encontro de Povos e Comunidades das Bacias do Araguaia e Tocantins.

03/12/2018

A diocese de Miracema (TO) recebeu, entre os dias 30 de novembro e 2 de dezembro, o Encontro de Povos e Comunidades das Bacias do Araguaia e Tocantins. Foram três dias de partilha, discussões e busca de soluções coletivas entre lideranças de comunidades e povos tradicionais, religiosos e religiosas, bispos e padres. Motivada pela Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam-Brasil), a atividade fez parte do processo de escuta em preparação ao Sínodo para a Amazônia, convocado pelo papa Francisco para outubro de 2019.

Estiveram representadas as dioceses de Marabá, Cametá, Conceição do Araguaia e São Félix do Xingu, no Pará; Imperatriz, Tocantinópolis, Miracema, Palmas, Porto Nacional e Cristalândia, no Tocantins; São Félix de Araguaia, Barra do Garças e Rondonópolis-Guiratinga, em Mato Grosso.

Para o bispo de Tocantinópolis (TO), dom Giovane Pereira de Melo, faltava uma escuta mais ampliada dos povos e comunidades no regional Norte 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Encontro de Bacias supriu essa necessidade. “Saímos sensibilizados com a escuta realizada aqui de que precisamos ser uma Igreja mais comprometida com as águas, os povos e os territórios, uma Igreja que não seja indiferente”, pontuou o bispo.

De acordo com padre Dário Bossi, que é assessor da Repam-Brasil e do Grupo de Trabalho sobre a Mineração da CNBB, a atividade superou as expectativas. “O número de pessoas e comunidades representadas ultrapassou o que esperávamos e as discussões realizadas contribuíram, e muito, para se articular e pensar alternativas para a região”, destacou Bossi.

Os participantes do encontro redigiram uma carta aberta para toda a sociedade. Preocupações e denúncias, bem como compromissos estão manifestados no texto. “Com profetismo, denunciamos os crimes e as agressões que estão sendo cometidas contra a vida das bacias destes dois rios, afetados e impactados de maneira imprudente e irresponsável”, diz a carta.

No texto, eles ainda afirmam o “compromisso com as bacias do Araguaia e Tocantins. Vamos proteger as nascentes e lembraremos todos os dias destas águas em nossas vidas, pois, precisamos delas para viver!”.

A Bacia Hidrográfica Tocantins-Araguaia ocupa 967 km², o equivalente a 11% do território brasileiro. Seu tamanho é menor somente que o da bacia Amazônica, o que a consolida como a maior bacia hidrográfica exclusivamente brasileira, uma vez que a bacia do Amazonas está situada também em países vizinhos.

 

CNBB com informações e fotos da REPAM-Brasil - 

Foto: Repam/Paulo Martins

 

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