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Igreja Católica comemora os 60 anos da Diocese de Campo Mourão

Neste domingo (16) uma missa, às 15h, na Catedral São José, dará início a abertura oficial do Ano Jubilar em celebração dos 60 anos de criação e instalação daquela diocese.

15/06/2019

A Igreja Católica está comemorando o Jubileu de 60 anos da Diocese de Campo Mourão. Neste domingo (16) uma missa, às 15h, na Catedral São José, dará início a abertura oficial do Ano Jubilar em celebração dos 60 anos de criação e instalação da Diocese de Campo Mourão. Já no dia 20, feriado de Corpus Christi, todas as paróquias da Diocese celebrarão a abertura do Ano Jubilar. A missa de domingo, que será celebrada pelo Bispo Diocesano, Dom Bruno Elizeu Versari, terá como tema: “60 Anos de Gratidão, Paixão e Esperança”, e o lema “Derramarei sobre Vós água pura e sereis purificados (Is 36,25)”.

“A Diocese de Campo Mourão convida a todos para viver este momento de gratidão, alegria e memória”, comentou o bispo. Para o religioso, celebrar os 60 anos da Diocese não é apenas recordar uma data, mas sim uma ocasião de ‘graça que o Senhor nos concede para um maior crescimento na fé e no compromisso de ser Igreja’. “Que São José, padroeiro da nossa Diocese e todos os padroeiros de nossas comunidades paroquiais, interceda por nós a fim de que este Ano Jubilar nos enriqueça abundantemente e renove no nosso coração o desejo de viver a nossa vocação e missão como Igreja de Jesus Cristo, nesta porção do povo de Deus que é a Igreja particular de Campo Mourão”, ressaltou Dom Bruno. 

História

A Diocese de Campo Mourão foi criada pelo Papa João XXIII no dia 20 de junho de 1959, sendo desmembrada da extinta Prelazia de Foz do Iguaçu e instalada no dia 23 de abril de 1960, com a posse o primeiro bispo Dom Eliseu Simões Mendes (1959-1980). A região de Campo Mourão encontrava-se situada na rota de colonização das Coroas de Espanha e Portugal. Durante o período colonial a região pertencia à Província Guairá, sufragânea da Governação do Paraguai.

Campo Mourão era nessa época apenas um caminho de aventureiros. Os primeiros colonos a terem propriedade legalizada na região constam no registro coletivo, lavrado na cidade de Guarapuava em 25 de setembro de 1893, ano da chegada dos expedicionários guarapuavanos Norbeto Marcontes, Guilherme de Paula Xavier e Jorge Walter.

Somente em 1903 vieram os primeiros desbravadores com interesse de se fixar residência: as famílias de José Luiz Pereira, Antonio Luiz Pereira, Cesário Manoel dos Santos e Bento Gonçalves Proença. Em 1921, Campo Mourão foi elevado à categoria de Distrito Policial, pertencente ao município de Guarapuava. Com a Lei Estadual nº 2 de 10 de outubro de 1947, foi elevado a Município, com território desmembrado do município de Pitanga, e a instalação da Câmara de Vereadores no dia 5 de dezembro. Desde sua criação a Diocese teve 5 bispos, sendo: Dom Eliseu Simões Mendes (1959-1980); Dom Virgílio de Pauli (1981-1999); Dom Mauro Aparecido dos Santos (1999-2007); Dom Francisco Javier Delvalle Paredes (2009-2017);e o atual, Dom Bruno Elizeu Versari. História da diocese A criação da Paróquia São José, em Campo Mourão, no dia 8 de dezembro de 1942, apresenta-se como ponto de referência significativo para a organização eclesiástica na região mourãoense. Mas a manifestação religiosa da população já estava bastante enraizada, desde as práticas devocionais em torno da Santa Cruz.

Ao ser criada a diocese em 1959, sobre um território de 25.967,78 Km², a população era cerca de 500 mil habitantes, constituída de 40 municípios. A posse do primeiro bispo, Dom Eliseu Simões Mendes (1916-2001), deu-se no dia 23 de abril de 1960. Nos dias 27 e 28 de julho aconteceu a primeira reunião do clero, junto ao Instituto Santa Cruz - 21 sacerdotes: 12 religiosos (três congregações, 4 brasileiros e 8 estrangeiros) e 9 diocesanos (4 brasileiros e 5 estrangeiros). De 10 a 12 de janeiro de 1961, na residência episcopal, realizou-se o primeiro retiro espiritual do clero, sendo pregador o padre Joaquim Antonio Netto, de São Paulo.

A organização efetiva dos trabalhos pastorais só pode concretizar-se com a construção do Instituto Social Lar Paraná, iniciado no final do ano de 1962 e inaugurado no dia 29 de junho de 1963. Todo o trabalho de organização e encaminhamento das atividades pastorais fez-se no clima de realização do Concílio Vaticano II, tendo participado o prelado de Campo Mourão. Nos anos de 1964 a 1967 muitas conferências e encontros foram realizadas, envolvendo o clero e os leigos, para refletir o apostolado e encaminhar o plano de ação pastoral, optando por uma “pastoral de evangelização”, organização da catequese, preparação para os sacramentos, trabalho em conjunto, formação, promoção da ação litúrgica e do apostolado leigo.

O incremento da ação pastoral foi fortalecido em outubro de 1969 com a publicação da Carta Pastoral sobre os Sacramentos da Iniciação, traçando orientações práticas para a renovação do sacramento do batismo e formação catequética. As comunidades rurais receberam uma atenção especial na organização dos cultos e na formação dos ministros extraordinários da eucaristia. A diocese de Campo Mourão marcou, na década de 60, uma importância respeitável na ação pastoral da Igreja no Paraná.

O Primeiro Plano de Pastoral do Regional Sul II (1969-70) - “Etapa de reconhecimento”, favoreceu os contatos entre as dioceses para uma pastoral de conjunto, organização das pastorais e unidade litúrgica. Em sintonia com a 11ª Assembléia Geral da CNBB foi assumido o Documento Pastoral de Brasília, em sintonia com as aspirações e esperanças do povo de Deus e a realidade da Igreja e do país. A renúncia de dom Eliseu em 1980, não tirou a diocese do trabalho em conjunto com a Igreja no Paraná e no Brasil. Tendo sido eleito bispo no dia 20 de maio de 1981, dom Virgílio de Pauli (1923-1999) tomou posse no dia 19 de julho do mesmo ano, cujo objetivo pastoral determinado foi o de “organizar a Igreja na base”, assumindo como prioridades a família, CEBs e paróquia renovada, e como destaque as vocações e a juventude. Em sintonia com a exigência vocacional da diocese, o novo bispo inaugurou ainda no ano de 1981 o Seminário São José, destinado a acolher jovens em preparação para o sacerdócio e o envio de seminarista a Londrina para os cursos de filosofia e teologia.

Por ocasião do falecimento de Dom Virgílio de Pauli já estava na diocese, desde 30 de agosto de 1998, Dom Mauro Aparecido dos Santos, como bispo coadjutor, assumindo como titular no dia 20 de fevereiro de 1999. A diocese vivia em clima de celebração do envio dos missionários para as missões populares, por ocasião dos 40 anos de criação da diocese e em preparação para o Jubileu. Entre os principais destaques durante o trabalho pastoral de Dom Virgílio ressalta-se a formação do clero diocesano, sendo ordenado, entre os anos de 1983 a 1999, 23 padres diocesanos e 5 diáconos permanentes. Sendo eleito Arcebispo de Cascavel, Dom Mauro permaneceu como Administrador Diocesano de Campo Mourão, até 24 de janeiro de 2008. No dia 24 de dezembro de 2008, o Papa Bento XVI nomeou como nosso quarto Bispo, Monsenhor Francisco Javier Delvalle Paredes, que já exercia a função de Administrador Diocesano desde 31 de janeiro de 2008. Ordenado em 27 de fevereiro de 2009, Dom Javier escolhe escolheu como lema de seu ministério Episcopal “Ego Elegi vos”. Ministério que exerceu na diocese até o dia 06 de dezembro de 2017, quando o Papa Francisco aceitou seu pedido de renúncia. Em seguida, assume a diocese o bispo Dom Bruno Elizeu Versari, até então, bispo da mesma.

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