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Espiritualidade do Espelho: oração não pode ser uma barganha com Deus

Durante o 3º Congresso Diocesano de Ministros Extraordinários da Eucaristia o Padre João Inácio Kolling falou sobre a Espiritualidade do Espelho.

15/11/2019

Ouça a entrevista no player.

Ser luz para todos, não iluminar a si mesmo. Evitar o que o Papa Francisco classificou como Espiritualidade do Espelho foi um dos temas de formação do 3º Congresso Diocesano de Ministros Extraordinários da Eucaristia, realizado nesta sexta-feira (15) na Catedral Nossa Senhora de Belém, em Guarapuava.

Quem falou sobre o tema foi o padre João Inácio Kolling, vigário da paróquia Santana, em Guarapuava. Em entrevista à Rádio Cultura ele explicou como a sociedade de consumo, uma das causas da Espiritualidade do Espelho, pode afetar nossa religiosidade e nos afastar do exemplo de Cristo.

“É uma espiritualidade marcada pelo sistema social que nós vivemos hoje, que nos induz a encontrar a felicidade consumindo bens, aumentando poder para mais compra. Na sociedade consumista, o ideal é que a cada vez que a gente compra algo quer ser mais feliz”, disse ele.

“Isso afetou a religião e a espiritualidade cristã que já deixou de ser uma maneira de nos aproximar do jeito de Jesus Cristo, mas um jeito de negociar com Deus”, completou o padre.

Nesse sentido, segundo ele, a espiritualidade acaba se tornando individualista e uma forma de barganha: “eu quero isso, preciso de tal graça, e o senhor vai ter que me ajudar de qualquer jeito”, exemplificou.

Essa postura acaba por não aproximar os católicos do exemplo de Jesus que geram “lealdade, cordialidade e solidariedade humana”, completas.

Uma contraposição a esse modelo é a Ecoespiritualidade. Essa abordagem propõe que a nossa casa é a comunidade e a Terra e elas precisam de cuidados. “A religião implica em ecologia, necessariamente”, finalizou o padre.

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