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Diocese de Guarapuava marca presença na 22ª Romaria das Comunidades Negras

Dom Antônio Wagner da Silva, bispo diocesano, presidiu uma missa na basílica. Durante a homilia, ele ressaltou que os negros no Brasil representam mais da metade da população.

05/11/2018

No último dia 03 de novembro, o Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo, recebeu a 22ª edição da Romaria das Comunidades Negras. Milhares de pessoas de todo o Brasil estiveram no evento que a cada ano, segundo os organizadores, tem seu público aumentado.

Da diocese de Guarapuava, 33 pessoas viajaram para participar do encontro incluindo o bispo local, Dom Antônio Wagner da Silva.

Conforme os participantes, o momento foi propenso para troca de ideias e entendimento sobre a caminhada da Pastoral Afro-Brasileira em todo o país, bem como os planos para o próximo ano.

A programação da Romaria seguiu durante todo o dia. Dom Wagner presidiu a missa das 10h30 na basílica. Durante a homilia, o bispo de Guarapuava lembrou que, atualmente, são mais de 30 bispos afrodescendentes no Brasil e milhares de sacerdotes, diáconos, religiosos e religiosas e que estes são a força da caminhada das comunidades negras.

Durante a celebração, as várias comunidades de todo o Brasil apresentaram coreografias e cânticos, mostrando, reforçando as características de alegria e descontração do povo negro. “Ao fazer essa romaria, não podemos deixar de mencionar que os negros representam mais da metade da população. Devemos entender e olhar que as comunidades negras aqui presentes estão representando esta nação e, quando se fala em superar o racismo e a violência, nós podemos ter a certeza de que esta superação se dá quando agimos com consciência. Assim, haveremos de superar essa realidade que assusta, mas que não deve permanecer para sempre”, explicou Dom Wagner.

O Bispo também lembrou os 50 anos de Puebla e os 30 anos da Campanha da Fraternidade que tratou dos povos negros. “Tudo fica um pouco esquecido se não nos empenharmos em buscar que princípios e forças estejam vivos e se manifestem em nossas comunidades e dioceses. Se queremos superar o racismo, temos hoje a lembrança de um santo: São Martinho de Lima, que era um santo negro que tinha tudo para não ser ninguém e se tornou o exemplo com a força, tanto dentro da Igreja como na sociedade”, reforçou Dom Wagner.

Ao final da celebração, o bispo clamou à Mãe Aparecida por preservar os dons dos povos negros.

 

Jorge Teles com Diopuava

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