ouça as rádios cultura FM 93 FM
facebook instagram twitter youtube

Superiora-geral das Irmãs Scalabrinianas visita bispado de Guarapuava

Irmã Neusa de Fátima Mariano disse em entrevista que a visita às instituições da congregação é realizada a cada seis anos e faz parte de um cronograma pré-estabelecido.

10/10/2017

Na tarde do último dia 06 de outubro, o bispado de Guarapuava recebeu a visita da irmã Neusa de Fátima Mariano, superiora-geral da congregação Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo (Scalabrinianas). Dom Antônio Wagner da Silva, bispo da diocese de Guarapuava conversou com a superiora-geral que estava acompanhada da irmã Maria Clelia Alves e da coordenadora do Ensino Fundamental do Colégio Nossa Senhora de Belém, Crislaine Martins.

Durante a reunião, Dom Wagner falou da importância que as congregações religiosas têm para a comunidade, sobretudo, das mais pobres. “Em Guarapuava, as irmãs Scalabrinianas estão presentes há cento e dez anos, sempre atuando em diversos setores, sobretudo na saúde e educação, como é o caso do Colégio Belém. Anteriormente, as religiosas também coordenaram o Hospital de Caridade São Vicente de Paulo, sempre com grande zelo e dedicação, deixando sua marca e ótimas lembranças. É visível a diferença das instituições que contam com o carisma de uma congregação religiosa em sua administração, em seus trabalhos de um modo geral. Receber a visita da superiora-geral, irmã Neusa, bem como da irmã Maria e da professora Crislaine, é motivo de alegria para todos nós da diocese de Guarapuava que temos a certeza de um trabalho de qualidade com raízes no compromisso cristão”, ressaltou Dom Wagner.

Em entrevista à reportagem do Centro Diocesano de Comunicação (CDC), irmã Neusa, que mora em Roma, Itália, explicou que a visita à diocese de Guarapuava, bem como ao Colégio Nossa Senhora de Belém, onde morou por um tempo e esteve várias vezes em cumprimento de suas funções, faz parte de um cronograma da superiora-geral das Scalabrinianas. “Atualmente resido em Roma, Itália, na sede geral da congregação. Esta visita faz parte de um cronograma que devemos cumprir a cada seis anos, período de duração do mandato da superiora-geral. Neste período, procuramos passar, pelo menos uma vez, por todos os lugares onde há a presença das irmãs Scalabrinianas e conhecer de perto sobre os trabalhos desenvolvidos, bem como a vida consagrada e missionária”, ressaltou irmã Neusa.

Reunião com a direção, coordenação, professores e com os alunos das instituições onde as Scalabrinianas trabalham é um momento de partilha de informações e de espiritualidade, conforme destacou a superiora-geral. Segundo sublinhou, conversar com os bispos e com os padres do lugar de atuação, também faz parte do trabalho missionário das religiosas. “Na conversa que tivemos no colégio, com a direção, com os professores e também com os alunos, percebi o quanto a missão Sacalabriniana vem ganhando espaço junto à sociedade. A conversa com Dom Wagner também nos enche de alegria, pois sentimos este apoio em nosso meio. A partir dos valores que defendemos enquanto instituição religiosa e de educação, percebemos a grande diferença que fazemos para melhor em nossa sociedade. Estamos vivendo em um mundo em transição, onde são visíveis as perdas de valores. Neste sentido, manter este referencial é sinônimo de sustentação da família e da Igreja. Toda grande mudança passa pela educação. E nós estamos neste grande compromisso, seguindo esta busca e apelo do Papa Francisco que prima por este cuidado para com a ‘Casa Comum’, na preservação do meio ambiente, na criação da solidariedade, de uma sociedade planetária, numa fraternidade universal”, discorreu irmã Neusa.

As irmãs Scalabrinianas estão presentes em vinte e sete países, atuando em diversos âmbitos da sociedade. No Brasil, de acordo com a superiora-geral, as religiosas trabalham em quatro grandes províncias e cumprem com muitas tarefas que vão ao encontro da sociedade. No Paraná, além de Guarapuava, as Sacalabrinianas estão presentes em Cascavel, Curitiba e Londrina. Em Londrina, no entanto, os trabalhos são voltados para a missão de atendimento aos migrantes. “Nossa congregação tem uma força muito grande no Brasil, com a graça de Deus. Mas também mantemos trabalhos em outros países, vinte e sete, num total, onde desenvolvemos atividades nas áreas de educação, Pastoral da Saúde, Pastoral Social, centro de acolhidas e orientação para migrantes. Hoje, mais do que nunca, o nosso trabalho se desdobra em serviços e presenças de apoio na acolhida e serviço aos migrantes. Atualmente, vivemos uma grande realidade de mudanças. Há uma demanda muito grande em se tratando de migrações. Por isso, nossa presença se faz necessária nos pontos de partida e de chegada de pessoas que deixam seus países e precisam ir para outras regiões em busca de uma vida melhor ou na fuga das guerras, fome e conflitos. Nossa missão nasce para estar a serviço da Igreja. É um grande desafio para o nosso trabalho. A comunhão eclesial é de fundamental importância”, concluiu irmã Neusa.

SOBRE AS SCALABRINIANAS

A congregação das Irmãs Missionárias de são Carlos Borromeo (Scalabrinianas), foi fundada pelo beato João Batista Scalabrini em Piacenza, Itália, no dia 25 de outubro de 1895, e tem como cofundadores os irmãos padre José Marchetti e madre Assunta Marchetti. Sua Missão é o serviço evangélico e missionário aos migrantes, especialmente aos mais pobres e necessitados. Expandiu-se inicialmente no Brasil, e em seguida na Europa (1936), na América do Norte (1941) e, nos últimos anos em vários países da América Latina, da Ásia e da África. Atualmente marca presença em 27 países. A congregação conta com mais de 800 irmãs e mais de 150 comunidades. Sua Sede-Geral se encontra em Roma.

As religiosas consagram sua vida a Jesus Cristo, segundo as exigências do Carisma Scalabriniano, vivem a fraternidade em comunidade, como elemento indispensável da consagração religiosa, e se fortalecem na fidelidade vocacional mediante a oração, a meditação da Palavra de Deus e a Celebração Eucarística, fonte de comunhão com Deus e com os irmãos.

As Irmãs Missionárias Scalabrinianas, ao longo do desenvolvimento da história da Congregação, se dedicaram e continuam ainda dedicando-se à educação, à ação social e pastoral, ao serviço da pastoral da saúde, à catequese, à evangelização e à colaboração com a Igreja local a favor dos migrantes e dos pobres.

Fiéis ao carisma e atentas aos desafios da mobilidade, a Congregação acolhe a proposta da Igreja de pôr-se a serviço dos que estão envolvidos com o drama do fenômeno das migrações, sendo “sinal da ternura de Deus e testemunho particular do mistério da Igreja, casta, esposa e mãe (V.C. 57), motivadas pelas Palavras do Evangelho: “Eu era estrangeiro e vocês me acolheram” (Mt 25,35).

Diopuava

Comentários