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Romaria a Paranaguá reúne cerca de 400 pessoas da diocese de Guarapuava

A viagem ao litoral paranaense foi para devolver a imagem peregrina de Nossa Senhora do Rocio que percorreu as paróquias e comunidades da diocese desde o dia 01 de maio de 2017.

19/09/2017

Aproximadamente quatrocentas pessoas de Guarapuava e região participaram da Romaria a Paranaguá no último dia 17 de setembro, para a devolução da imagem de Nossa Senhora do Rocio, padroeira do Estado, que esteve em peregrinação pela diocese desde o dia 01 de maio deste ano.

Os romeiros saíram de Guarapuava às três horas da manhã em nove ônibus e quatro vans e seguiram até o Santuário no litoral do Paraná. Lá, todos foram recepcionados pelo reitor da instituição, o padre redentorista, Joaquim Parron.

O bispo de Guarapuava, Dom Antônio Wagner da Silva, presidiu a missa às 11 horas. Na ocasião, Dom Wagner ressaltou a importância do canto litúrgico para unir a comunidade e também refletiu, na homilia, sobre o Salmo 102, principalmente no trecho que diz: “O Senhor é bondoso e compassivo”.

Dom Wagner também falou da festa que é para o Brasil celebrar, este ano, os trezentos anos de Aparecida e os quarenta anos do Santuário de Nossa Senhora do Rocio, celebrado em novembro deste ano. “É um momento de pensarmos sobre o significado que este encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição representa para cada um de nós. Este evento foi um divisor de águas e demonstra o amor, a verdade e a luta constante que precisamos ter enquanto povo, enquanto cristãos que sofremos com as perseguições, com os desmandos, a escravidão e a pobreza. O início da devoção a Nossa Senhora do Rocio também vem de um período de sofrimentos e de doenças. Não devemos, nunca, nos esquecer destas situações. Mas precisamos seguir em frente e transformar os sofrimentos em alegrias, trabalhando nosso amor a Deus e a busca pela justiça em todos os lugares”; grifou Dom Wagner.

Segundo padre Itamar Abreu Turco, coordenador da Ação Evangelizadora, do Centro Diocesano de Comunicação (CDC) e administrador da paróquia Sant’Ana, em Guarapuava, a romaria atingiu seus objetivos, que foi o de unir as pessoas através da devoção. “A viagem em romaria até o Santuário de Paranaguá não foi o encerramento de um projeto de evangelização, mas sim, a sequência deste trabalho que deve ser contínuo em nossa diocese, em nosso Estado. A peregrinação pelas paróquias e comunidades proporcionou um avivamento da fé e possibilitou que mais pessoas entendessem o significado dos santuários enquanto locais de encontro e de projetos evangelizadores”; indicou padre Itamar.

A imagem da padroeira do Paraná visita as dioceses do Estado a cada dois anos.  A próxima peregrinação na diocese de Guarapuava será em 2019.

SOBRE A PADROEIRA DO PARANÁ

A devoção a Nossa Senhora do Rocio teve início no século XVII, logo após a elevação do pelourinho em Paranaguá, em 1648. Quando, em 1686, os habitantes desta Vila, às margens de sua baía, foram assolados por uma peste, essa gente recorreu aos favores de Maria Mãe de Jesus, invocada neste título, para que os livrasse desta terrível lamúria. Desde aí, Nossa Senhora do Rocio vem sendo o socorro das aflições dos devotos cristãos paranaenses. Rocio era o perímetro das Vilas, onde terminava a povoação, o arruamento, e começava a se condensar orvalho matutino. Rocio quer dizer orvalho, em português arcaico. Nossa Senhora do Rocio é Nossa Senhora do Orvalho Matutino, Nossa Senhora do Amanhecer. A imagem da Virgem do Rocio foi encontrada numa pesca milagrosa, nas redes do Pai Berê, no século XVII, na baía de Paranaguá. A primeira igreja foi edificada em 1813 e o Santuário em 1920.

Devido aos muitos milagres e graças alcançadas por intercessão, a devoção se espalhou entre o povo do Paraná e de diversos lugares as multidões faziam romarias ao Santuário da Virgem do Rocio. Assim, em 1977 o Papa Paulo VI declarou para a eternidade Nossa Senhora do Rocio como a Padroeira do Paraná.

Está crescendo, a cada dia que passa a devoção à Virgem e Mãe do Rocio e consequentemente seu Santuário, em Paranaguá, está sendo cada vez mais visitado pelos devotos e turistas.

MILAGRES

Através dos anos, a devoção cresceu até o milagre que deu fim à peste, em 1686, milagre que se repetiu ao longo dos séculos em inúmeras ocasiões em que a Santa do Rocio atendeu aos seus devotos com curas individuais e coletivas, como nos casos da Peste Bubônica, em 1901 e da Gripe espanhola, em 1918.

Há ainda inúmeros registros do socorro da Virgem do Rocio prestado aos marinheiros em violentas tempestades e tragédias no mar, os quais se tornaram seus devotos e a homenagearam com procissões e comoventes romarias pelas ruas da cidade, rumo ao Santuário. É o caso do navio “Raul Soares”, no dia 26 de junho de 1931; do navio “Philadélphia”, em julho de 1931; e do navio “Maria M”, no dia 08 de agosto de 1932.

PADROEIRA DO PARANÁ

Além desses, contam-se, muitos outros milagres ocorridos em cidades do Paraná sob sua intercessão, razão pela qual, em 1939, Nossa Senhora do Rocio foi declarada Padroeira do Paraná pelos Bispos do Estado e, finalmente, após anos de esforço civil e eclesiástico, a Santa Sé a declarou, em 1977, Padroeira do Paraná, indicando a Igreja do Rocio em Paranaguá como seu Santuário Estadual.

O título de Rocio, que na linguagem antiga significa “orvalho”, simboliza as constantes e ininterruptas bênçãos e favores que o povo paranaense recebe continuamente da Virgem Mãe, mediadora de todas as graças concedidas a seus amados filhos, os quais, por gerações e gerações, veneram sua Santa Padroeira as margens da baía de Paranaguá sob o titulo de Senhora do Rocio.

 

Diopuava

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